Linhas vermelhas
Busco nas palavras
Aquilo que o nobre não quis
E o fado
– pesado –
De pobre aprendiz
Me enche de tédio
E de náusea
Quisera eu conseguir
Degustar o lírismo
Da vida!
Por hora
Ardo nesse delírio
Labirinto de espelhos
– SEM SAIDA –
Transformar a dor
Em rima
E a rima
Em fria lâmina
Pronta pra furar a alma
Quando a alma vira flama
E o sangue que jorra
De tal alma, vida
Vez em quando me sorri
E me perco mais ainda
E a dor antiga
Que pensava ser eterna
Se dissolve em mil poemas
Porque sangra a primavera.
(B.G)
– Diga uma coisa, compadre: por que você está brigando?
− Por que há de ser, compadre. – Respondeu o coronel Gerineldo Márquez – Pelo grande partido liberal.
− Feliz é você que sabe disso – respondeu ele. – Eu, de minha parte, só agora percebo que estou brigando por orgulho.
− Isso é ruim – disse o coronel Gerineldo Márquez. […]
“Naturalmente”, disse. ‘Mas em todo caso, é melhor isso que não saber por que se briga’. Olhou-o nos olhos, e acrescentou sorrindo:
− Ou brigar como você, por alguma coisa que não significa nada para ninguém.
(Gabriel Garcia Marquez, Cem anos de solidão)
[…]
Como sempre mantendo a excelência nos seus textos, ein Brian? ;]
By: xico on maio 4, 2010
at 3:47 am
Ótima ideia o link com Edvard Munch 😉
By: clavedechuva on maio 6, 2010
at 6:26 pm